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domingo, 24 de maio de 2015


RÁDIO! CULTURA E ENTRETENIMENTO AO ALCANCE DE TODOS





Sou de um tempo em que se ouvia muito rádio e este se destacava como o mais importante (em muitas circunstâncias,  o único ) meio de comunicação disponível.
Tempo em que a vinheta das chamadas do Repórter Esso, fazia com que todos parassem para prestar atenção às últimas notícias, pois a credibilidade deste jornal era absoluta!
Tempo que que as radionovelas despertavam tamanhas emoções que nem mesmo a TV, com todos os seus recursos audiovisuais consegue lograr na nossa atualidade.
É bom também que se diga que muitos dos famosos (e competentes, diga-se de passagem) atores da velha  guarda, que desfilaram durante décadas na nossa “ telinha” , começaram a vida artística diante dos microfones de uma Rádio Nacional, Rádio Piratininga, Rádio Tupye tantos outros grandes prefixos da nossa brilhante radiofonia que tantos louros conquistou.
Quem não se lembra de “ Juvêncio, o justiceiro do sertão “, seriado radiofônico da década de 60 veiculado pela Rádio Piratininga de São Paulo. Ou de “Jerônimo, o herói do sertão”, ou mesmo das famosas novelas radiofônicas de Janete Clair ??
Talvez porque tenha presenciado a fase de ouro da radiofonia em que, apesar de todas as limitações técnicas próprias da época, nossas emissoras se superavam em qualidade, mantendo uma programação esmerada, eu tenha me tornado tão crítico e seletivo com relação às rádios que ouço atualmente.A verdade é que infelizmente, nos últimos tempos, a qualidade das nossas programações radiofônicas tem desabado verticalmente.
Horários são vendidos à esmo nas emissoras e hoje qualquer cidadão, sem o menor preparo ou qualificação técnica, ocupa o microfone e faz dele o que quer.
Restam aos nossos pobres e sensíveis ouvidos, o castigo de registrar festivais de bandalheiras, sessões de mesmices e programações especializadas em besteirol qualificado e explícito.
É bom lembrar que o radiouvinte do interior não tem muita opção, pois muitas das vezes, na cidade em que vive, ele só consegue sintonizar uma ou duas emissoras que transmitem à baixa potência naquela região, principalmente porque só possui um pequeno rádio com Ondas Médias e Frequência Modulada.
Aliás, o brasileiro há muito aposentou os velhos e eficientes receptores de Ondas Curtas (os saudosos “noveleiros”) e se limitou aos tímidos radinhos “ AM/FM” (o certo seria dizer OM/FM), Assim sendo, só lhe restam duas opções: ouvir programações medíocres e fingir que está tudo bem, ou então desligar o rádio e correr para o outro veículo de comunicação mais mediocrizado ainda , a Televisão.
Felizmente, pertenço àquela pequena minoria que ainda guarda consigo o velho receptor Tranglobe (quem não se lembra deste que foi um dos melhores receptores multibandas já produzido no Brasil?)
E ainda conservo, entre dezenas de outros, um outro aclamado recepetor, o famoso Motorádio de cabeceira, um dos mais preciosos presentes que já ganhei. No caso de algum problema, resta-me o Semivox de 10 bandas, que me garante uma ótima recepção mesmo em condições precárias de propagação. Ao longo dos anos, fui adquirindo outros rádios, como o famoso Semp PT-76, o famoso Philco Ford “maletinha” ou os emblemáticos Mitsubishi com a famosa cpinha de couro. Hoje tenho uns 30 rádios no total, cada um com sua história.
E então extasio-me em ouvir emissoras distantes que ainda resguardam a excelência das programações em Amplitude Modulada (por mais incrível que possa parecer elas ainda existem).
Isso sem falar nas emissoras internacionais (mais conhecidas como “ Broadcastings”), como por exemplo, a BBC de Londres, a Rádio França Internacional, a Rádio Internacional da China, a Deutsche Welle, muitas delas transmitindo em BOM PORTUGUÊS SÓ PARA NÓS, ACREDITAM ???
O hábito de ouvir emissoras internacionais é um hobby muito difundido em todo o mundo e mais conhecido como DXismo. As programações são diversificadas e recheadas de informações preciosas sobre política internacional, hábitos e costumes, culturas dos povos, etc.
Você que ainda não teve chance de desfrutar deste privilégio e pensa que necessita de equipamentos e antenas especiais para tal, está totalmente equivocado. Com um pequeno receptor de ondas curtas, utilizando-se somente da antena telescópica do próprio rádio você será capaz de ouvir o mundo todo.
Vale ou não a pena ?? Então que tal comprovar tudo isso tornando-se mais um DXista ???
Então encerro nosso bate papo de hoje desejando boas escutas e “boas viagens” nas onda do rádio.

                                                                                    Antonio Carlos Arruda

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